Diante de algo tão doloroso, o coração humano se revolta. A pergunta que ecoa é: “Por que, Senhor?”
Na noite deste sábado, 08, duas jovens de Juína — Larissa Leite de Campos e Tamires Teixeira — retornavam de um culto em Brasnorte, depois de um momento de louvor e adoração ao Senhor. Eram amigas, companheiras na fé e na vida. No caminho de volta, a alegria da adoração deu lugar à dor de uma tragédia. Na MT-170, a motocicleta em que estavam foi atingida por um caminhão cujo motorista fugiu sem prestar socorro. As duas foram lançadas para fora da pista e só foram encontradas horas depois. Larissa morreu no local, enquanto Tamires foi socorrida em estado grave.
É difícil compreender. O coração se enche de indignação e tristeza diante de tamanha irresponsabilidade. Perguntas se levantam: Por que, Senhor? Por que pessoas boas, voltando de um culto, sofrem uma tragédia dessas, enquanto tantos que vivem longe de Ti continuam caminhando impunes? O profeta Habacuque também sentiu esse peso da alma e clamou: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás?” (Habacuque 1:2).
Mas, mesmo quando o coração sangra e a mente não entende, a fé nos chama a confiar. A fé verdadeira não depende de respostas, mas de um relacionamento com o Deus soberano, que continua reinando mesmo quando tudo parece ruir. Jó, após perder tudo o que tinha, declarou: “O Senhor o deu, o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1:21).
Hoje, os pais, familiares e amigos choram a partida de Larissa e intercedem pela recuperação de Tamires. O pranto é inevitável, mas mesmo entre lágrimas, muitos se curvam diante do Senhor, reconhecendo que Ele continua sendo Deus. Ele não perde o controle, mesmo quando a dor parece dominar.
A vida é breve e frágil — um sopro, um instante. Por isso, cada dia é um dom, e cada respiração, uma oportunidade de amar, servir e adorar o Criador. A injustiça humana fere, mas a justiça divina prevalecerá. Um dia, todo mal será julgado, e toda lágrima será enxugada. A promessa permanece: “E Deus enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem dor.” (Apocalipse 21:4).
Hoje, choramos por Larissa, cuja fé agora se completou na presença do Pai, e oramos por Tamires, confiando que o mesmo Deus que recolheu uma filha em Seus braços está sustentando a outra para que viva e testemunhe da graça que salva, consola e renova a esperança.