Em MT o período definido como de pré campanha eleitoral, já ganha fortes contornos. Mauro Mendes, atual governador, surge como grande força.
Embora o calendário eleitora defina o período como pré eleitoral, grande parte do cenário das eleições está desenhado em Mato Grosso. Já existe um clima muito claro de campanha há meses, um coro de “já ganhou” ecoando pelos ares e há quem diga que não tem pra ninguém em dois cenários.
Se poucos tem dúvidas da vitória de Jair Bolsonaro no Estado a presidência, pois o agro caminha com o presidente e “o MT é agro”, o mesmo já se diz, a partir desta semana de Mauro Mendes, que participou de ato, na capital do Estado, no qual 140 prefeitos assinaram documento praticamente “fechando com ele” para candidatar-se a reeleição.
Esperto, Mendes aproveitou os últimos meses e no embalo do que aconteceu no país, lançou um pacote de bondades como nunca visto no cenário do Estado. Os prefeitos, claro, agradeceram e aumentam o tom dos elogios. E mais: deixou claro que seu candidato a presidente é Bolsonaro, seguindo tendência maior em seu partido.
Os prefeitos, felizes, retribuem com o aval para que ele continue na gestão, pois cogitou-se que o mandatário deixaria a política, pelo menos temporariamente, para dedicar-se a família. E a maioria deve segui-lo na opção pela presidência. Animado, com mil acenos, Mendes não deu a resposta definitiva, dizendo que vai ouvir seus próximos para dar a resposta. Para muitos, apenas um jogo de cena.
Quem sobrou na história foi o deputado federal Nei Geller, do PP, pré candidato ao senado, ex ministro da Agricultura, que deve compor com um grupo de oposição ainda indefinido e formado a partir do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, único que não apareceu na foto, pois é rival confesso de Mauro.
Como em política tudo é possível, alguns capítulos menores foram escritos nas últimas semanas, num cenário de conjecturas, onde os personagens não confirmam nada, deixando as respostas para as convenções. Cogitou-se, por exemplo, o nome de Fávaro para concorrer ao governo do Estado e nas redes sociais muitos eleitores lembraram o nome de Janaina Riva, o que seria literalmemente um fato novo.
Nestas alturas, com tanto apoio nas bases, recursos de seu atual partido, o União Brasil, que leva a maior fatia na campanha e a força do chamado pacote de bondades, aprovado na Câmara, em pleno ano eleitoral, amparado pela sutileza da decretação de um “estado de emergência”, dificilmente alguém enfrentará o exército de Mauro Mendes. "Se a família deixar", a tendência é que se reeleja.
Detalhe: Mauro Mendes ainda tem a opção do chamado palanque aberto, que da aval a candidatos de oposição, no plano federal, apoiarem seu nome para o governo do Estado.