Pleito deste domingo, 30, promete uma das disputas mais acirradas da história do país ao Palácio do Planalto.
Depois das animadas passeatas de partidários do ex presidente Lula, na sexta feira, 28, e do presidente Bolsonaro, neste sábado, 29, uma das maiores da história da cidade, muitos castanheirenses não dormirão nesta noite.
Se existisse, um medidor de ansiedade coletiva, esse indicaria um dos maiores índices no país, nos últimos meses, não apenas pela acirrada disputa entre os dois principais concorrentes da corrida presidencial de 2022, mas pelo seu entorno, marcado por animosidades extremas, até com mortes contabilizadas, e pela produção exagerada de fake News, visando atrair o eleitor.
A eleição presidencial também entra para a história por uma infinidade de outros fatores, como o envolvimento sem precedentes dos setores cristãos no processo, com o uso exagerado de um espaço até então considerado sagrado, o púlpito, e outros, dos templos, para militância político-partidária.
Também chama a atenção, o elevado índice de participação popular. Lula, por exemplo, com os 57 milhões de votos obtidos no primeiro turno, conseguiu a maior marca de todos os pleitos no país. O segundo é do próprio Bolsonaro, com os 51 milhões conseguidos, no mesmo pleito.
Pesquisas
Da densa agenda de controvérsias, os resultados auferidos pelos institutos de pesquisa, especialmente na reta final do 1º turno, se destacam, mesmo com a observação dos especialistas, de que uma rodada reflete um momento – como uma fotografia – sendo possível que fatos novos mudem projeções de uma hora para outra.
Até por esta constatação, as publicações deste sábado projetam um cenário de esperança para os dois lados, até que termine a apuração no domingo.
Se os eleitores de Lula mantém a esperança de vitória, porque quase todas as projeções indicam sua vitória, os simpatizantes de Jair Bolsonaro também revelam otimismo, afinal muitos institutos indicam a possibilidade do fenômeno esportivo definido como “fotochart” (de onde vem a expressão “cabeça a cabeça”) ocorrer ao longo de toda apuração. Some-se a isto, a desconfiança que têm nas pesquisas.
Dessas pesquisas, o QUAEST indica Bolsonaro com 48%, Lula com 52%; Atlas, Bolsonaro 46,6%, Lula 53,4%; IPEC, Bolsonaro, 46%, Lula 54%; DATAFOLHA, Bolsonaro 48%, Lula, 52%; MDA, Bolsonaro 48,9%, Lula 51,1% e Paraná, Bolsonaro 49,96%, Lula 50,04%. Os dois últimos casos estão mais próximos do chamado “Fotochart”. Caso aconteça, pode causar problemas a milhares de cardíacos.
Vivaldo S. Melo