Pioneira que amava a vida no campo deixa uma grande família.
As mulheres pioneiras em Castanheira, predominantemente, eram das lidas do lar, salvo exceções, como, coincidentemente, duas Zildas, uma pioneira no ramo da hotelaria e outra na política, primeira gestora do município, emancipado de Juína em 1988.
Município com raízes no ciclo da madeira, projetou a figura feminina como fundamental na paisagem rural, tanto na criação dos filhos como no apoio ao chefe da família. É neste contexto que vamos encontrar a figura de Conceição Lopes dos Santos.
Dos seus anos de Castanheira, onde chegou em 1984, proveniente de Arenápolis, muitos foram vividos no ambiente do Sítio Nossa Senhora de Fátima, na Linha Fontanillas, Comunidade Santa Terezinha. Ali tinha como uma de suas atividades prediletas, cuidar das galinhas e de suas plantas, à moda antiga, incluindo as medicinais.
Nesta terça feira, 21, às 05 horas da manhã, no Hospital São Lucas, em Juína, seus dias de vida em 84 anos terminaram. No dia anterior, ao receber a visita da neta Diane Oliveira, os batimentos cardíacos alterados, mesmo sem poder se comunicar, talvez indicassem o desejo de uma última prosa. Não deu.
A morte desta mineira de Itabacuri, viúva de Eugênio Pereira dos Santos, falecido em 1992, mãe de 8 filhos, um dos quais já falecido, acontece em mais um momento de perdas em Castanheira. Nas últimas horas mais dois cidadãos da terra, geralmente chorosa quanto aos filhos que partem, vivenciaram esta experiencia, definida por alguns como a única certeza possível.
Dona Conceição era tão boa gente que o genro Lourival Duarte Gouveia a define como “uma pessoa de ouro”. Entre os filhos e netos, presentes na Casa da Saudade, os adjetivos são os melhores. “Uma pessoa muito carinhosa, era só alegria”, destaca a filha Maria de Fátima Gouveia. Deixa 12 netos e 10 bisnetos.
Seu corpo será velado até às 09 horas desta quarta-feira, 22, na Casa da Saudade e o sepultamento acontecer logo a seguir no Cemitério Bom Jesus.