Ele chegou em Castanheira no mesmo mês e ano da emancipação e deixa marcas profundas em uma de suas famílias mais tradicionais.
A tradicional família Jardini, em Castanheira, amanheceu de luto nesta quarta-feira, 03. Partiu, aos 76 anos, Terezinha Dbugaski Jardini, esposa de Luís Jardini, que também deixou a terra dos viventes em fevereiro deste ano. Agora, os dois reencontram-se na eternidade, deixando para trás uma história profundamente enraizada na memória da cidade.
Nascida em 03 de janeiro de 1949, Dona Terezinha chegou a Castanheira no primeiro ano de emancipação do município, em 1988, quando a recém-criada cidade recebia muitas famílias vindas do sul do país em busca de novas oportunidades. Entre elas, estava a grande família de catarinenses da qual ela fazia parte - nasceu em Joaçaba - trazendo consigo trabalho, coragem e tradições que ajudaram a compor o mosaico cultural castanheirense.
Desde o início, Dona Terezinha entregou-se à vida simples e laboriosa na roça. Auxiliava o esposo, cuidava das galinhas, coletava ovos e preservava costumes que davam cor ao cotidiano. Mas seu maior legado estava na convivência familiar. Aos domingos, era sagrado: todos se reuniam na “Mesa Grande”, como ela mesma chamava, onde jamais faltava a polenta, seu prato característico — símbolo de afeto servido em forma de alimento.
“Era uma mulher de hábitos simples, caseira, dedicada à família e muito carinhosa com os netos e bisnetos”, conta Marisa Jardini, uma das filhas. “Vou guardar no coração tudo que aprendi dela”, acrescenta, emocionada. Neivete Jardini, residente em Juína, reforçando o carinho da mãe e sublinhando o exemplo de vida que ela deixa.
Com uma prole de 10 filhos, não é difícil encontrar, nos corredores da Casa da Saudade, onde ocorre o velório, também netos e bisnetos que, entre lágrimas e memórias, reconstroem histórias que fazem de Dona Terezinha um marco familiar e comunitário. “Era muito carinhosa conosco e dedicada à família”, relata a neta Márcia Luiza Jardini. Rafael Luís Jardini, também neto, lembra com emoção “os melhores abraços do mundo”, que vinham sempre carregados de ternura. Entre os bisnetos, Shamira Verônica Ribeiro Jardini não esquecerá os elogios carinhosos que recebia sobre seus cabelos.
A vida de Dona Terezinha ecoa a célebre frase de Madre Teresa de Calcutá: “Não são os grandes feitos, mas o grande amor colocado nas pequenas coisas que transforma o mundo.” Assim viveu ela — transformando, com simplicidade e amor, cada espaço por onde passou.
Por tudo isso, Dona Terezinha não será esquecida. Entra para a galeria das pessoas que deixam marcas profundas na história de Castanheira — marcas feitas de bondade, trabalho e presença; de mesa farta e coração generoso; de raízes que, mesmo depois da partida, continuam nutrindo aqueles que ficam. Como escreveu o poeta Antoine de Saint-Exupéry, “aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós: deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” Assim partiu Dona Terezinha, levando amor e deixando saudade.
Ela faleceu aos 20 minutos desta quarta-feira, 03, no Hospital das Clínicas de Tangará da Serra. O sepultamento será às 07h desta quinta-feira, 04, no Cemitério Bom Jesus.
Que sua memória seja sempre uma bênção e seu exemplo permaneça vivo em cada geração da família Jardini.
Jorge Batista
Que Deus na sua infinita misericórdia conforte o coração de toda família
Waldemar jardini
Meus sentimentos a familiares..
DEUS A RECEBA NO SEU MERECIDO LUGAR.
DESCANSE EM PAZ TIA TEREZA
Patricia Soares Augusto
Que Deus te receba com braços abertos na eternidade 🙏