Praticamente morador de Rua, Amado Batista divertiu muita gente com seu jeito de cantar.
Castanheira perdeu na sexta-feira, 29, uma de suas figuras icônicas. Faleceu, em decorrência de diversas comorbidades, que comprometiam nos últimos tempos a sua mobilidade, José Manoel Sobral, nascido em Alagoinha, Pernambuco, no dia 07 de março de 1966.
O filho de Manoel Sobral e Dona Maria José da Conceição Sobral, contudo, jamais vai ser lembrado pelo nome original. Aliás, em Castanheira ninguém o conhecia por essa referência. Mas, todos sabem quem era o Amado Batista.
Do famoso cantor, herdou o apelido do gosto por cantorias, especialmente as canções do filho goiano de Catalão. Só isto, nada do gado, das fazendas, dos cordões de ouro, ao contrário, viveu seus dias em situações limites.
Nos últimos, esteve amparado por um grupo da Assistência Social do município, que coordena projeto voltado para os que perderam vínculo com familiares. Houve até uma tentativa de fazê-lo voltar às suas raízes, no nordeste, mas não vingou.
A partir das 07 horas deste sábado, na Casa da Saudade, são esses servidores, movidos pelo amor, e talvez alguns castanheirenses, que já cruzaram seu caminho e até se divertiram com seu esforço para cantar canções, especialmente românticas, estarão apostos para as despedidas.
Histórias, grande parte hilárias, não faltam para os que se empenham em preservar a memória da cidade. “Fomos paradas, uma vez, por ele, que queria nos oferecer uma música do Roberto Carlos, e paramos para ouvir, foi divertido”, relembra uma leitora do Site. Amaziles “Tuita” Eleto, a Secretária de Assistência Social, gosta de lembrar que ele a confundia com a Mabel, ex prefeita.
Seu sepultamento ocorrerá entre 11 horas e meio dia deste sábado, 30, no Cemitério Bom Jesus.
