Campanha tranquila em Castanheira, contrasta com o clima quente e tenso na cidade polo da região noroeste, Juína.
Vivaldo S. Melo
Se em Castanheira o fator “candidato único” para o executivo, com respaldo de grande aliança (PT, MDB, PSB e PSD) contribuiu para a campanha mais tranquila dos últimos anos, no município polo da região noroeste, Juína, a pouco mais de 40 quilômetros, todos os ingredientes dos cenários tensos comuns a esses tempos de eleições se manifestaram.
“Não vejo a hora de terminar essa bagunça”, diz um eleitor juinense, representando um segmento que nas redes sociais condenou tudo o que se viu desde o início, mas que inevitavelmente caracteriza, em qualquer lugar, uma campanha onde o cenário apontado especialmente pelas pesquisas indica equilíbrio.
Com quatro candidatos – Altir Peruzzo, do PT, Paulo Veronese, do Podemos, Bil Luiz, do PSL, e Tio Lelinho, do PRTB – uma das únicas pesquisas validada pela Justiça permite uma leitura que coloca os dois primeiros, Altir - que concorre à reeleição - e Veronese, emparelhados, e Bil correndo por fora. Este cenário acirrou ânimos, especialmente nos últimos dias, com a campanha se encaminhando para o final.
Nas redes sociais ler as notícias relativas ao pleito, feitas dentro dos limites da lei, não foi tão interessante como acompanhar os debates, ao final de cada texto. Teve até quem publicou enquete, sem observar as regras do jogo, correndo risco de multa. Pesquisas suspensas, levaram o público a leituras diferenciadas, em registros onde não faltaram ofensas até a membros da Justiça Eleitoral. Finalmente, até o número de carros em carreatas foi objeto de avaliação sobre o eventual resultado, como se carro votasse. Em Castanheira, por exemplo, candidatos que perderam eleições tiveram seus nomes associados a grandes carreatas.
Por essas e outras, se por aqui as emoções ficam por conta da corrida ao legislativo, em Juína a briga é mais em cima. Que os antagonismos cessem neste domingo, quando o resultado será conhecido. E que os números sejam respeitados.
