Embora seja impossível controlar animais nas ruas, até porque muitos são abandonados, agonia de um gato impõe reflexão sobre como minimizar o índice altíssimo de mortes no trânsito.
Não sabemos o seu nome. Vamos chamá-lo, contudo, de Bob, nome dado a um famoso gato de rua que inspirou uma série de livros que se tornaram best-sellers nos EUA e Inglaterra.
Numa cidade onde certos motoristas voam, em trechos de algumas vias urbanas, Bob foi deixado para morrer na manhã desta terça-feira, 03, nas imediações da Av. Carolina Rezzieri, no Bairro Santa Rita, com sinais de atropelamento.
Não se sabe se foi nesta via, mas nela não é difícil encontrar carros em velocidade de até 100 km/hora ou até acima, o que já motivou solicitação ao executivo, na Câmara, para a colocação de placas e até quebra-molas em pontos estratégicos.
Bob foi encontrado por uma transeunte, amante dos animais, que solicitou os serviços de uma empresa de produtos veterinários. Ele pode entrar para a lista dos 1.3 milhão de animais que morrem diariamente no país (17 por segundo), apenas no trânsito, pois seu estado é crítico e pode receber uma injeção letal.
Segundo estatísticas, existe mais de 30 milhões de animais abandonados no país, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Não sabemos se o Bob está nesta estatística. Se estiver, alguém pode dizer “menos mal”. Por outro lado, se é difícil controlá-los, maior cuidado na direção pode diminuir o índice de mortes.
