O aumento de ocupações em UTI's no Estado, desmonta a tese de que os casos de Covid no momento são leves. Vírus volta a avançar, especialmente entre não vacinados. Baixo índice de letalidade
Semana se encerra com cenário preocupante em relação a Covid em Castanheira e no Estado, como um todo. Neste caso, dados do Painel Interativo da Covid 19 da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) mostram um quadro que desmonta o conceito de que não há perigo, pois "os casos de momento são leves”: a taxa de ocupação de leitos das UTI’s no Estado saltou de 54,97% para 84,38% do início para este final de semana.Para a FioCruz, esse percentual é considerado crítico.
Sete hospitais do Estado já estão com 100% de sua taxa de ocupação de UTIs. São eles: Hospital Metropolitano de Várzea Grande, Hospital Universitário Júlio Muller, Hospital Regional de Sinop, Hospital Regional de Peixoto do Azevedo, Hospital Municipal de Querência e o Hospital Estadual Santa Casa.
Segundo nota técnica da FrioCruz divulgada nesta sexta-feira (14), ao menos um terço dos estados brasileiros já está em alerta crítico ou intermediário para ocupação de leitos públicos de UTI para o coronavírus. "Se pessoas estão indo para a UTI, é porque o perigo persiste", destaca um especialista. Chama atenção para o fato de que a maioria dos casos de internações em UTI's tem relação com a não imunização.
No município de Castanheira essa tendência foi observada, constatando-se, contudo, que os casos monitorados pela Vigilância Sanitárias ainda são leves. Eram 17, na segunda, e no último Boletim Epidemiológico emitido, na quinta-feira, já eram 43.
Nas discussões em curso Estado afora, sobre a alta incidência, os comentários giram em torno da possibilidade da variante ômicron, caracterizada pela rápida propagação, estar em curso, acrescidos da observação de dois fatos, estes sim constatados: a população ter baixado a guarda, ignorando as recomendações já conhecidas sobre procedimentos durante a pandemia e a realização de festas e eventos sem quaisquer cuidados.
Em Castanheira, embora algumas normas não tenham sido flexibilizadas, como o uso de máscaras em estabelecimentos comerciais, muitas são ignoradas, inclusive por alguns comerciantes. Não é incomum observar funcionários de algumas empresas atendendo o público sem o uso de máscara. Quanto ao público, como disse alguém, “só Deus na causa”. Falando nEle, alguém registrou nas redes sociais: “tem sido misericordioso conosco, em contrário...”
