No livro bíblico de Genesis encontramos a história de José, a partir do capítulo 37. Sua vida é um belo exemplo de que Deus está no comando dos acontecimentos, reinando, soberano, sobre tudo e sobre todos. Com José aprendemos algumas das lições mais preciosas sobre como enfrentar tempos difíceis.
A primeira lição, contrariando algumas pregações modernas: “é inevitável não passarmos por tempos difíceis”. Ele foi odiado pelos irmãos, vendido como escravo para os egípcios, levado para uma terra distante, alvo de difamação, jogado numa prisão. A despeito de tudo, contudo, perseverou com base no que acreditava. José tinha uma fé determinante em Deus, ensinada desde tenra idade por seu pai.
A segunda lição, José acreditava que “há auxílio do alto!”. Nunca este homem temente a Deus foi encontrado lamentando com os problemas que começaram a aparecer bem cedo em sua vida, por acreditar que, paralelamente ao sofrimento, a dor, às adversidades, sejam elas quais forem, Deus provê socorro, auxílio, proteção, conforto e força.
José também acreditava que “há propósitos benéficos no sofrimento do justo”. Tudo o que lhe aconteceu de ruim, se tornou benéfico para sua vida futura. Das experiências da Palestina à prisão, tudo contribuiu para o seu aperfeiçoamento espiritual, moral e profissional. Não fosse todo esse processo, ele não seria o salvador que foi de sua família e do seu povo, sendo por isto um referencial do Salvador, Jesus, que viria na plenitude dos tempos. Pelo menos em três sentidos sua vida apontava para Cristo, já naqueles tempos: humilhação, salvação e exaltação.
Para fecharmos o assunto, é provável que o apóstolo Paulo tenha pensado na história de José quando escreveu, muito tempo depois, que “todas as coisas cooperam conjuntamente para o bem daqueles que amam a Deus”. Que lembremos dessas lições em tempos difíceis.