Depois de aderir ao programa Mais Murixum, Castanheira está viabilizando a realização de um grande sonho para alguns de seus cidadãos.
Francisco de Assis, Tertuliano José, Odete Teles, Paulo Germano, Wanderlei Souza, Emilia Martinelo e Leonice Souza são alguns dos mais de 20 castanheirenses felizes com a possibilidade de realizarem, em breve, um sonho: ler e escrever.
“São pessoas queridas que não tiveram a oportunidade de estudar quando crianças”, diz o professor Lourival Alves da Rocha, coordenador em Castanheira do MT Mais Muxirum, projeto do governo do Estado, em parceria com as Secretarias de Educação dos municípios, que visa diminuir o índice de analfabetismo.
Segundo Lourival existem dois tipos de alunos, referindo-se aos que estão retornando aos bancos escolares, para concluírem o processo de aprendizagem básico e aqueles que terão uma primeira experiência. “Vai marcar suas vidas”, destaca, acrescentando que o alvo é chegar a 30 alunos.
As aulas, a serem ministradas pela professora Nilda Ribeiro der Oliveira, acontecerão das 17h30 às 19horas – uma hora e meia por dia – na Escola Municipal Castanheira. Visando flexibilizar o processo e alcançar a meta de uma de uma carga horária de 10 horas esse horário pode se estender.
Desde 2017 alguns municípios fazem parte do Projeto, ao qual Castanheira aderiu neste ano, que se ancora numa expressão de origem tupi, incorporada ao linguajar cuiabano, com o significado de “mutirão” ou “fazer juntos”.
Designado pela Secretaria Municipal de Educação, Rosenir Monteiro Melo, para a coordenação local, o professor Lourival Alves da Rocha lembra que levantamento indica a existência de 250 pessoas analfabetas e outras 839 com limites extremos em leitura, precisando de alfabetização.
Com o avanço dos tempos, com novas tecnologias sendo inseridas no cotidiano humano, o cidadão comum enfrenta sérias dificuldades, dependendo de outros para algumas ações do cotidiano. “Queremos reduzir a taxa de pessoas com esses limites a 3% em nosso município”, diz Lourival.
Como será
O curso tem duração de 270 horas, distribuídas em seis meses, com carga horária mínima de 10 horas semanais, com turmas de no mínimo de 10 e o máximo de 14 alfabetizandos.
A Seduc garante a formação de coordenadores e de formadores de turmas, o custeio de bolsas aos alfabetizadores, material pedagógico e lanches para os alfabetizandos. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, como contrapartida, está oferecendo o local e a alfabetizadora. Na escolha duas questões deveriam ser consideradas: formação em pedagogia e não vínculo com o Estado. Os que ainda se interessarem devem fazer contato no telefone 99633 4633 25.
