Não temos mais Dona Elza, contada entre as primeiras moradoras de Castanheira. Aos 58 anos ela foi uma vítima da Covid 19.
A difícil realidade da falta de UTI’s no Estado (como em outras unidades da federação) tem contribuído para o aumento de mortes por Covid 19 nos últimos dias. Nas últimas horas, entre o domingo e a segunda, Castanheira sepultou mais duas vítimas deste cenário.
“Ela resistiu bravamente, por muitos dias”, relata Gessica Anielly Crus Amorim, neta de Elza Santos da Crus, 58, a última a falecer, na madrugada desta segunda-feira, 29.
Como nos demais cenários desta tragédia, onde sentimentos se misturam, especialmente dor e revolta, houve apenas um breve tempo para as despedidas de Dona Elza, pois às 07h já foi sepultada no Cemitério Bom Jesus.
Sua história segue um script comum a muitos que optaram por Castanheira como nova morada. Sua família deixou Tuneira do Oeste, no Paraná, na segunda metade do século passado, estabelecendo-se, inicialmente, na região de Tangará da Serra.
Durante 31 anos viveu em Castanheira, fazendo parte do grupo de pioneiros na região. Deixa 5 filhos, 10 netos e um bisneto.
Momento tenso!
A morte de Dona Elza acontece em uma semana marcada por recorde de mortos, falta de vagas em UTI’s (Unidades de Terapia Intensiva) e escassez de medicamentos em vários pontos do país. Apesar da omissão de muitos dados, a fila chegava, no final de semana, a pelo menos 4.500 pessoas em 15 Estados mais o Distrito Federal.
