Pioneiro, referência de uma grande família, deixa uma história de trabalho e honestidade segundo familiares.
Imagens de vídeo, de momentos felizes, em família, que circularam neste final de semana, dimensionam o carinho de familiares por “Seo” Sebastião Firmino de Farias, coincidentemente morador no Assentamento São Sebastião, no Sitio Recanto, em Castanheira.
Ele foi um dos primeiros moradores do município, no tempo em que não era incomum ver onças circulando na região, as árvores que denominariam o município ainda eram fartas, os pássaros faziam festa nos céus e os córregos transbordavam de água. As primeiras residências apontavam para um futuro povoado e as grandes Serrarias ainda não tinham se estabelecido.
Neste cenário, com a esposa Maria Madalena de Farias, já falecida, os oito filhos – 4 homens e 4 mulheres – faria das lidas com a terra, a realização de um sonho alimentado desde os tempos de Gravatá, no Pernambuco, onde nasceu em 1940, marca que lhe dava, neste ano, a referência de 84 anos e 8 meses. O começo se deu na linha 2.
Além do trabalho, algo que fez até quando teve forças, gostava de dedicar um tempo para conversar com os amigos. Numa das cenas, gravada em vídeo, ele proseia de forma descontraída. Nestes momentos certamente não faltavam narrativas das caçadas que gostava de fazer, o que lhe deu o apelido de “Bastião Caçador”.
Do pai, Maria Aparecida de Farias, uma das filhas, funcionária da Barizone, destaca a honestidade e os bons exemplos deixados para os filhos, os 25 netos, 15 bisneteos e 02 tataranetos. Por isto, o sentimento de saudade dominante entre todos, quatro dias depois de seu falecimento, que aconteceu às 23h20 da última sexta feira, no Hospital São Lucas, em Juína.
O sepultamento aconteceu no sábado, 21, às 17 horas. Entre todos que compareceram à Casa da Saudade, apesar da tristeza, o sentimento predominante era de gratidão pelo privilégio de desfrutar de uma companhia diferenciada praticamente em todas as décadas da história de Castanheira.